"BACK TO THE ROOTS"

A música sempre teve seus encantos, gostos, fases, momentos em todo o tempo. Conforme os anos ela foi mudando, algumas vezes originalmente e algumas vezes desenvolvida por outros estilos e expressões artisticas. Aqui quero mostrar um pouco dessas mudanças e "Linha do Tempo" Musical.

O Sorriso


Lembrando que cada nome de compositores que cito, terá um link pra wikipedia ou outra fonte interessante pra quem quiser saber mais, e toda música citada também é um link do Youtube, se essa música existe lá Claro.




A Pré-Bossa já vinha se desenvolvendo com as misturas de ritmos e nas novas harmonias do jazz e a evolução do samba, choro, dessa novo progresso cultural que o Brasil ia sofrendo. Algumas músicas de Custódio Mesquita na época dos 40 já vinha mostrando mudanças em direção a Bossa Nova !! Também era moderno gostar de conjuntos vocais como os "Garotos da Lua", do qual João Gilberto foi o crooner, e os Quitandinhas Serenaters, que contavam com Luiz Bonfá ao violão. Ou mesmo Os Cariocas, grupo que fez muito êxito também na época da Bossa. Todos também tinham uma sensível influência a música americana.
Mas um dos principais artistas pre-bossanovianos, que influenciou todos que vieram depois foi certamente Dick Farney, Farnésio Dutra da Silva, o "Frank Sinatra" brasileiro, eu diria o Nat King Cole brasileiro, pois ele cantava e tocava piano, igual ao Nat King Cole. Logo após o lançamento da música "Copacabana", Dick Farney embarcou para os Estados Unidos, voltou em 1948 para o Brasil, e sua carreira já estava super influenciada pela música americana. Nos anos seguintes gravaria sucessos como Marina e Alguém como tu. No verão de 1949, foi fundado na Rua Dr. Moura Britto, na Tijuca, o primeiro fã-clube do Brasil: o Sinatra-Farney Fã Clube, do qual faziam parte nomes como: Johnny Alf, João Donato e Paulo Moura. Lá além de ouvir fervorosamente sucessos de seus ídolos, eles também começavam a "arranhar" os seus instrumentos.





Dick Farney na década de 50 voltou pra américa, ele tocava no Peacock Alley, um requintado bar no hotel Waldorf Astoria em Nova York. Como os freqüentadores não falavam português, Dick apresentava a música Copacabana em inglês, na época, Ipanema ainda não era cantada em prosa e verso, sendo Copacabana o carão postal do Rio. Bom, Dick foi um dos primeiros cantores a procurar uma nova maneira de interpretar o samba. "Por que não existe um samba que a gente possa cantarolar no ouvido da namorada?" perguntava ele.
Apesar das inovações na área de interpretação, trazidas principalmente por Lúcio Alvez e Dick Farney, as músicas consideradas modernas eram do tipo dor-de-cotovelo, embora com harmonias mais trabalhadas, como em Ninguém me ama, do jornalista Antonio Maria.
Naquela época, as boas famílias consideravam cantar e tocar violão atividades menores e desestimulavam quaquer tipo de iniciativa de seus filhos nesse sentido. (não que seja diferente Hoje AhAHAHHAA). Roberto Menescal, filho de uma tradicional família de arquitetos, lembra que, quando começou a profissionarlizar-se, foi tocar com seu grupo em uma festa no qual seus irmãos mais velhos compareceram também. Depois de muita dança, na hora do jantar, os convidados foram para as mesas e os músicos, inclusive Menescal, recolheram-se à cozinha. "Foi um escândalo na família.", disse Menescal.









Bom os deixo por enquanto aqui, e volto logo, continuando esse "especial" Bossa Nova !!
E pra quem ainda não viu, procure nos links ao lado, pois tem posts sobre, Bossa Nova, Samba, Choro, Jazz, Blues, Ragtime, Ismael Silva, Forró, Luiz Gonzaga, etc....

Abração

3 comentarios:

Lu Mascari disse...
12 de setembro de 2009 às 21:08

Vídeos bons... Boa continuação... Bom autor... Tudo bom! hahahhahaha

Sou bossanoviana, fazer o quê?

Beijocas! Parabéns!!

Lulu :)

Marips! disse...
14 de setembro de 2009 às 00:23

Sou bem da suspeita para hablar a respeito, mas vale registrar que o "som" deste blog atua como uma conversa ocasionalemnte vasta e arejada!! Excelente chico!! Congratulations again =) Bjo gde, Mari

ZEUS disse...
7 de novembro de 2009 às 16:03

Klebinho, voce conhece uma cantora chamada Patty Ascher? Procura por ela. Vi um show dela essa semana no Bourbon em SP. Ela mistura Jazz e Samba de um jeito muito original. O cd novo dela chama Deu Samba no Jazz. VAle a pena conferir. Abraco !